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Técnicas para Contrabaixo
Técnicas para Contrabaixo

 
Técnicas para contrabaixo
 
 
 

Técnicas para mão esquerda para tocar contrabaixo

Na maioria das aplicações, a técnica básica para a nossa mão esquerda permanece inalterada. Por exemplo, independente de você estiver usando o fingerstyle, slap & pop, ou uma abordagem utilizando mais o abafamento com plucks, a mão esquerda estará fazendo essencialmente a mesma coisa. Então vou reunir uma lista de três diretrizes gerais a serem seguidas para se trabalhar de forma limpa a sua digitação:

1. Evite de usar uma abordagem que use muito a parte plana de seus dedos.

Em outras palavras, tente tocar mais usando as pontas dos dedos. Isto envolve em manter os dedos da mão esquerda ligeiramente curvos.

Técnicas para mão esquerda para tocar baixo

A razão para isso é que você consegue efetivamente minimizar a área de ação de seus dedos ao entrarem em contato com as cordas e a escala do baixo. O resultado disso é uma melhor entonação e maior precisão com a sua mão esquerda. Para demonstrar isso, pense sobre como um baixo sem os trastes é tocado. Tocar de forma correta nesses caso requer uma atenção especial ao local onde as cordas irão entrar em contato com a escala do baixo. Um mínimo movimento mais acima ou mais abaixo do que devia já muda muito a entonação da nota. Quanto mais estreita for essa digitação dos dedos na escala do baixo, mais fácil e preciso será acertar a altura correta das notas.

Apesar de um baixo com trastes nos proporcionar as casas entre os trastes e eliminando assim esse medo de errar, ainda assim este conceito é válido, pois tocar com a parte plana dos dedos corre-se o risco de perder a precisão. (Obviamente, esta regra não se aplica se precisarmos fazer uma pestana ou outra shape parecida no baixo, porque daí tocar de forma precisa com as pontas dos dedos não se faz necessário).

2. Mantenha o polegar atrás do braço do baixo

Sempre que possível, tente evitar trazer o polegar sobre a parte superior do braço. Quanto mais alta for a posição de seu polegar; maior dificuldade os seus outros dedos terão de alcançar determinadas casas, especialmente quando se toca as cordas mais agudas de seu contrabaixo. Um bom lugar para manter o polegar está no meio da parte de trás do braço para que você possa maximizar a estabilidade e alcance.

Embora o polegar torna-se efetivamente uma âncora para a sua mão esquerda, você NÃO precisa apertar firme demais! Não deve haver qualquer força excessiva do seu polegar na hora de pressionar as cordas com a mão esquerda. Uma boa maneira de testar isso é tentar deixar cair o polegar para fora do braço enquanto estiver tocando:

Preferencialmente você ainda deve ser capaz de tocar bem as notas das casas utilizando apenas seus outros dedos. Se você alguma vez já sentiu alguma dor na articulação do polegar ou na palma de sua mão esquerda, tente fazer esse teste e veja o quanto você está dependendo da força de pressão do seu polegar. Então tente posicionar o seu polegar de forma que ele possa deslizar tranquilamente em todas as direções atrás do braço do instrumento enquanto você toca. Isso permite que você toque de forma mais relaxada e de alcançar melhor os trastes.

3. Mantenha um espaço entre a palma da mão e o braço do baixo

O objetivo principal nisto é manter a consistência na posição da mão, independentemente da corda que você estiver tocando. Você vai notar que, se a palma da mão encostar na parte de trás do braço, naturalmente o seu polegar será levado à parte superior do braço, e assim os outros dedos ficarão numa posição menos perpendicular às cordas.

Esta posição faz com que seja muito mais difícil de tocar com os dedos curvados e limita o seu alcance por causa da posição elevada do polegar. Para ter uma idéia de uma posição mais benéfica para sua mão, tente colocar sua mão esquerda em uma posição aberta e relaxada da mão a meia distância do baixo.

Depois simplesmente levante a mão para encaicar no braço do contrabaixo. Confome a mão se encontra com o instrumento, o polegar deve, naturalmente, se mover na posição do meio atrás do braço, e os dedos curvados devem tocar as cordas.

Esta é uma posição básica muito boa de se acostumar a usar, e você vai querer manter esta posição independentemente das cordas que estiver tocando.

Agora vamos ver algumas outras técnicas para mão esquerda para tocar contrabaixo que serão muito úteis na hora de desenvolver as suas técnicas como contrabaixista. (Esta filosofia também se aplica à mão direita):

Evite ângulos agudos nos seus pulsos

Aqui está um ponto onde não pode ser negligenciado. Um ângulo muito agudo nos pulsos, combinado com a tensão e a fadiga, contribuem significativamente para lesões graves nas mãos, e essas lesões podem ser por vezes irreversíveis. Embora tais problemas como a síndrome do túnel de carpo, lesão por esforço repetitivo, e tendinite estão fora do âmbito desta questão, a sua prevenção é auxiliada por evitar esforço excessivo sobre os pulsos.

Em geral, você quer manter o seu baixo a uma altura que permite um ângulo moderado em seus pulsos. Você vai descobrir que, se o seu baixo tende a ir excessivamente para baixo, o seu pulso esquerdo tenderá a se inclinar demais. Por outro lado, se você usar o seu baixo excessivamente alto, o seu pulso direito formará esse ângulo. O que você tem que ficar ligado também é que mesmo tocando em um ângulo adequado do baixo, a maioria das pessoas acabam lutando contra a tensão dos pulsos conforme for tocando mais próximo do heastock (cabeça) do contrabaixo. Veja como é:

O problema fica exagerado quando o baixista tenta manter um esticamento muito grande dos dedos nesta área, como no exemplo acima.

As 2 últimas figuras ai de cima são exemplos deveriam ser evitados. Uma solução alternativa para tentar evitar essas distâncias desconfortáveis envolve em alcançar em cada nota sucessiva enquanto mantém a mesma digitação. Não se preocupe em manter a sua mão em uma posição esticada, em vez disso, deixe a sua mão em um estado relaxado, e conforme você for tocando as notas uma por vez, permita que o seu polegar e mão deslizem para a próxima nota. Se utilizando desta técnica, você vai se proteger de futuras lesões enquanto mantém as mãos em uma posição consistente e de boa técnica.

Fique relaxado

Os benefícios do relaxamento podem ser óbvios para nós. A tensão rouba a nossa resistência, destreza e agilidade técnica. No entanto, ficar relaxado enquanto toca é muitas vezes mais fácil dizer do que fazer. Primeiramente o relaxamento começa nos ombros. A maioria dos baixistas que lutam com a tensão em sua tocabilidade normalmente carregam mais de sua tensão em seus ombros. Então a próxima vez que estiver praticando, preste atenção nisso, não somente na tensão nos ombros como também nos antebraços e mãos. Quando você parar para fazer uma pausa entre músicas ou exercícios, relaxe e analise isso de novo. Se você sentir uma diferença significativa nos seus ombros, você provavelmente está tocando com muita tensão.

A única maneira de sair dessa é estar em um constante estado de relaxamento. Por mais bobo que parece ser, isso deve ser algo que tem que ser incorporado em sua rotina diária. Assim que estiver tocando e perceber qualquer tensão em seu corpo pare imediatamente. Comece de novo até se encontrar em um estado relaxado, isso ajuda a treinar o seu corpo e mente para esse condicionamento.

 

Técnicas para mão direita para tocar contrabaixo

Palheta

Muitos baixistas usam a palheta para fazer o pluck em vez de usar os dedos. Querendo ou não, usar a palheta para tocar contrabaixo é uma questão de preferência – se você sente que tem mais controle na hora de tocar com uma palheta, então use-a! Com uma palheta você consegue obter uma tonalidade mais high end no seu baixo. Alguns baixistas  que usam palhetas incluem: Mike Gordon (Phish), Mark Hoppus (Blink 182), e Jason Newsted (Metallica).

Dois Dedos

técnicas para mão direita

Sem dúvida, o estilo mais comum de tocar é usar os dois dedos para “andar” na corda. Para este estilo, você usa os dedos para fazer o pluck na corda conforme desejar. Baixistas que usam este estilo incluem: Meshell Ndegeocello (solo), Jaco Pastorious (Weather Report), Jesse Murphy (The Brazilian Girls), Arthur Maia e por aí vai..

tocar baixo

Três Dedos

O estilo de três dedos é muito menos utilizado, basicamente, em vez de usar dois dedos, você pode usar até três. Este estilo é ótimo para quem estiver tocando em rápidas tercinas ou adicionando algumas notas rápidas. Baixistas que usam este estilo incluem: John Myung (Dream Theater) e John Entwistle (The Who).

Técnicas para mão direita para tocar contrabaixo

Tapping

Essencialmente, o Tapping que é tocado em um guitarra é muito parecido com o Tapping que é tocado num baixo. Este método é uma grande técnica de se usar durante os solos, e curiosamente, durante em canções estilo balada. O tapping é usado por uma infinidade de baixistas.

tapping no contrabaixo

Slap e Pop

Essas duas técnicas são muito utilizadas em gêneros como o funk, que consistem em tocar a corda com o polegar e fazer o pluck com os dedos. O Slap e o Pop são usados por inúmeros baixistas também, entre eles um dos mais conhecidos é o Flea.

Slap e Pop contrabaixo

Double Thumb

Esta já é uma técnica mais rara de encontrar criada pelo Victor Wooten. Wooten usa o seu polegar mais como uma palheta para executar upstrokes e downstrokes (batidas pra cima e batidas pra baixo). Aliado a isso, ele também faz um Pop na corda com seu indicador e dedo médio. Com o Double Thumb, Wooten consegue tocar de forma muito rápida e limpa.

Incrível técnica de Bill “The Buddha” Dickens

Bill Dickens tem uma técnica onde consegue fazer tanto o tap, slap e o pop  ao mesmo tempo. Por exemplo, Bill pode fazer um tap na corda E no quinto traste, e então fazer um slap ao mesmo tempo na mesma corda, tap uma oitava a cima, e então fazer o pluck. Completando todas essas etapas em sucessão, Dickens é capaz de tocar com rapidez relâmpago.

Fique com o vídeo abaixo:

 

Toque o Double Thumb de Victor Wooten

Sobre o Double Thumb

O Double Thumb é uma técnica, ou melhor, um sistema inventado pelo norte-americano Victor Wooten, que segundo ele próprio, este recurso foi desenvolvido para que novos caminhos rítmicos pudessem ser explorados ao simular uma palhetada nas cordas com o polegar, muito engenhoso.

Como o próprio nome diz, este recurso faz dobrar o seu polegar, proporcionando uma sonoridade mais veloz e virtuosa a sua tocabilidade, além é claro de ser muito interessante. Bem, em resumo, este recurso faz dobrar a maneira de tocar o slap, deixando-o mais complexo e rico, tanto com o movimento de thumb (T) quanto com pluck (P). Movimente o dedão tanto para cima quanto para baixo movimentando apenas o pulso.

Exercício 1

O primeiro objetivo desse exercício aqui é ter cuidado com a execução, sem se preocupar com pressa, para obter uma sonoridade limpa. Utilizando apenas o thumb, desloque-o para cima e para baixo, ao mesmo tempo que cria as notas mortas pela mão esquerda ao abafar as cordas no braço do baixo. É importante não pressionar as cordas contra os trastes para que o som se propague.

Exercício 2

Aqui as coisas ficam um pouco mais difíceis com o acrescimo do hammer-on e pluck one (puxada com dedo indicador), mas a base rítmica é a mesma do exercício anterior.

Exercício 3

Aqui as coisas realmente começam a complicar, por causa dos padrões de tercinas de colcheias, isso exige com que as notas soem com mais precisão para que estejam na divisão correta.

Exercício 4

Este exercício é tocado em semicolcheias e é um dos exercícios rítmicos mais famosos criados por Victor Wooten. Aqui você emprega tanto o uso do double thumb quanto do double pluck (puxada dupla, usando os dedos indicador e médio). Este exercício leva tempo e dedicação para ser tirado bem, por isso recomenda-se o uso constante do metrônomo (começando em andamentos de 60 bpm e aumentando gradativamente).

Exercício 6

O último exercício é realmente casca grossa. Este exercício oferece um desafio técnico enorme pois representa um dos trechos de “Classical Thump“, uma música composta por Wooten. O curioso dessa música é que ela foi composta nos anos 80 com intuito de ser apenas um exercício de slap, mas por fim ele acabou gravando ela no álbum “A Show do Hands” em 1996. Ainda bem que ele não deixou batida não é mesmo?

Aqui o baixista utiliza sextinas em padrões simétricos do thumb down, hammer-on, thumb up e muitas cordas soltas para criar o efeito rítmico de sextinas. Seu tom está em Sol maior e o seu andamento original está em 132 bpm.

 

 Slapping com três dedos no baixo


slapping-baixo

O baixo é um instrumento muito versátil; você consegue obter uma variedade de sons usando diferentes métodos e técnicas para mão direita e esquerda. Isso faz com que o baixo seja um instrumento fácil de se incorporar em qualquer estilo musical, bem como é fácil de traduzi-lo em qualquer contexto. Um dos mais comuns e mais populares estilos de tocar o baixo é o slapping.

Neste artigo iremos abordar uma técnica muito interessante chamada de “three finger slapping” ou slapping com três dedos e como você pode usá-la para enriquecer sua música.

Esta técnica é focada especificamente na mão direita (mão que você usa para tocar as cordas com a palheta, por exemplo), é interessante fazer um aquecimento antes de tocar. Isso é importante pois faz com que a circulação nos dedos flua melhor. Isso também evita lesões que podem ocorrer e são muito comuns em quem toca baixo com os músculos e tendões frios. Faça uma rotina de aquecimento simples e rápida antes de começar a tocar para evitar esse tipo de acidente.

A técnica de slapping com três dedos possui um nome que pode ser um pouco confuso. Enquanto você usa três dedos ao mesmo tempo para executá-la, você está usando esses três dedos como se fossem apenas dois. O “slap” é criado com a parte lateral do seu dedo, e a “batida” é criada usando seu dedo indicador e dedo médio em conjunto, como se fossem uma garra. O slap sempre precede a batida. Você deve se concentrar para que o slap e a batida funcionem juntos em um movimento pendular, com o slap sendooinício do movimento e a batida vindo em seguida.

Como executar a técnica de slapping com três dedos

O slap é gerado usando o osso na parte lateral do seu dedão, e é usado nas cordas mais grossas (em um baixo de 4 cordas, E e A; em um de 5 cordas, B e E). A batida é gerada com o dedo indicador e médio, como dito acima, formando uma “garra” à partir deles, curvando-os na primeira digitação.

Esses dois dedos então fazem um gancho nas cordas mais finas sendo tocadas (num baixo de 4 cordas, D e G; num baixo de 5 cordas, A, D e G), levantando e soltando-as, criando o distinto som de batida ou o “pop” como é conhecido entre os baixistas e músicos dos estilos funk e jazz.

Uma vez que você pegar o jeito desse movimento (você vai sentir que sua mão está balançando para frente e para trás, ou está “no embalo”), tente adiciona-lo aos seus licks e riffs favoritos de baixo. Escolha licks que usem igualmente as cordas finas e grossas, e riffs que alternam entre essas cordas. Você deve se sentir confortável com esse movimento, bem como precisa ter controle total do que suas mãos estão fazendo.

No fim, a única maneira de chegar à perfeição com a técnica de slap com três dedos é através da prática (como tudo na música). Invista seu tempo para praticar a técnica e preste atenção na forma de execução; a forma correta de tocar é mais importante do que a velocidade, então não se afobe para querer impressionar.

Se ainda está confuso, veja esse vídeo para entender a técnica de slap com três dedos:

 

 

Sistema elétrico e captadores de contra baixo


Vamos iniciar essa semana falando sobre um assunto que para muitos músicos ainda há muitas dúvidas a serem solucionadas. Iremos falar de captadores e sistema elétrico.

Introdução à captadores e sistemas elétricos para baixo

Os captadores são um item importantíssimo em qualquer instrumento. No entanto, os critérios de análise em relação a desempenho, qualidade e funcionalidade quase sempre estão ligados mais ao gosto pessoal de cada músico do que a uma determinada especificação técnica ou a laudos de experts.

Existem modelos que, embora julgados por algumas pessoas como antigos, ruidosos, fracos ou sem brilho, são tidos por outras como maravilhosos, com timbres verdadeiros, de nuances delicadas e equilibradas… A escolha do acessório ideal tem a ver, sobretudo, com as diferenças de gosto entre os “tecnológicos” e os “vintage”, por assim dizer.

Particularmente, acredito que o equilíbrio entre os extremos seja sempre a melhor condição. Na opinião de certos baixistas, a captação ativa degrada as características da madeira do instrumento – e, por este motivo, é preferível optar por timbres que remetem aos anos 50 ou 60, não importando o fato de que estamos em 2007. Há também quem aprimore e incremente tanto seu equipamento que o resultado acaba ficando mais parecido com o som produzido por uma guitarra ou um teclado. A idéia não é criticar nenhum dos dois conceitos. Entretanto, esse extremismo causa opiniões antagônicas entre os profissionais da música, o que leva as indústrias de instrumentos e luthiers a buscarem sempre novos timbres ou ressuscitarem outros já esquecidos.

Captadores para baixo: Ativo ou passivo?

Para decidir qual é o melhor captador para nosso baixo (ativo ou passivo, single coil ou humbucker, da marca X ou do modelo Y), é preciso entender o que é e como funciona este tão comentado acessório. Este é um assunto que merece sempre ser colocado em pauta. Em primeiro lugar, é preciso saber o seguinte: os captadores são transdutores, ou seja, dispositivos que convertem energia física em elétrica. Em um instrumento, transformam vibração das cordas em impulsos elétricos de corrente alternada. Esta força é destinada a alimentar um amplificador, que trabalha e multiplica a intensidade de seus sinais, conduzindo-os a um alto-falante. Este aparelho, por sua vez, os convertem para sons.

Em sua grande maioria, os baixos elétricos possuem captadores magnéticos (foto 1). Para funcionarem, estes acessórios precisam estar posicionados abaixo das cordas, que devem ser feitas de aço. Em sua forma mais simples, possuem uma única bobina — sendo, por esta razão, chamados de single —, que consiste em um ímã permanente em forma de barra e envolto por alguns milhares de espirais de cobre isolado e contínuo. O fio utilizado neste componente é extremamente delgado, como o cabelo humano. Sua espessura, entretanto, varia de acordo com o projeto do captador. O ímã gera ao redor de si um campo magnético, que interage com as cordas de aço quando o instrumento é tocado. Em uma situação de repouso, nada acontece à bobina. Mas, quando o encordoamento se movimenta, o campo magnético do ímã é a Herado, dando lugar na bobina a pequenos impulsos elétricos, que são levados até o amplificador — obviamente, ligado e em funcionamento — sob a forma de corrente alternada.

captador-baixo

A corda Lá, por exemplo, emite uma vibração de 440 Hertz (ciclos por segundo) quando é tocada. Digamos que o padrão vibratório desta nota tenha forma de oito, ou seja, este traçado é feito à proporção de 440 vezes por segundo, alterando o campo magnético do captador na mesma proporção. Durante o tempo de duração do som, a freqüência permanece igual independentemente da diminuição do volume, informando ao amplificador qual é a altura correspondente.

A título de referência, pode-se afirmar que, quanto mais forte o ímã e maior o número de espirais, mais ampla será a impedância e o volume de saída do captador. Mas se o ímã for muito forte ou o transdutor estiver próximo demais das cordas, a atração criada pelo magneto vai restringir os padrões vibratórios, resultando em perda de sustentação e até distorção na tonalidade. Além disso, o tipo, a grossura do fio e a forma de enrolamento também contribuem fortemente para o desempenho do acessório.

A esta altura, já dá para perceber que é preciso saber muito mais do que a resistência para se avaliar adequadamente um captador. Minha sugestão é de que fica mais fácil decidir sobre uma marca procurando informações em catálogos específicos, onde há referências sobre variáveis como a saída, o timbre e até as curvas de freqüência, isto é, os gráficos com a quantidade de agudos, médios e graves que cada tipo oferece. Outra alternativa é procurar um luthier de confiança para obter tais dados.

Captadores Humbuckers e Single Coils

Seth E. Lover, engenheiro da Gibson, inventou em 1955 o captador humbucker, capaz de eliminar os chatíssimos ruídos gerados pelos single coil. Em contrabaixos, mais propriamente nos fabricados pela empresa americana, este tipo surgiu por volta de 1960 nos modelos EB-0 e EB-3. Há quem diga, contudo, que tenha sido no EB-1, construído em 1953 e conhecido como “baixo violino”, semelhante àquele usado por Paul Mc-Cartney no começo dos Beatles.

Os humbuckers são supressores de ruídos. Têm duas bobinas enroladas em série, mas defasadas (foto 2), o que obriga qualquer interferência indesejada a passar por uma com sinal positivo e outra, negativo. Pode ser considerado como se fosse composto por dois captadores separados em uma só unidade. Embora tenha som mais forte, apresenta perda de freqüências altas se comparados aos de uma bobina só (single).

captador-humbucker

Em suma, os singles possuem timbres mais agudos e definitivos, enquanto os humbuckers geram sonoridades mais fortes e sem o famoso barulho de “hum”. Uma peculiaridade interessante sobre os humbuckers é que oferecem grande variedade de opções em sua instalação. Uma unidade pode ser tanto usada como humbucker verdadeiro como constituída de dois captadores de bobina simples. Além disso, os indutores podem funcionar juntos ou separados, em fase ou não, em série ou em paralelo. Estas diferentes combinações podem produzir uma enorme gama de sons, que, na verdade, são mais comumente notados em guitarras do que em baixos.

Este foi um breve resumo sobre sistemas elétricos e captadores para baixo. Em outros artigos, pretendemos aprofundar mais sobre a interação da madeira com os captadores e como a parte elétrica pode alterar o timbre do contra baixo.